Teve lugar, no dia 13 de Maio, a conferência “Mais Serviços. Mais Mercado. Mais Economia – ESE”, a primeira de um ciclo de 4 conferências sobre o futuro da Energia em Portugal que irão decorrer até Outubro.
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O sector português das Empresas de Serviços Energéticos (ESE) em Portugal, representa um sector em forte crescimento que enfrenta novos desafios, e que é apontado pela União Europeia como área prioritária, o que motivou a organização desta conferência.
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Filipe Vasconcelos, Director-geral da ADENE, uma das entidades organizadoras da conferência, recebeu os participantes com a mensagem de que o principal objectivo deste encontro seria “ajudar o mercado português a responder aos desafios e metas lançadas no contexto europeu e mundial. Esta é uma área que a União Europeia vê como prioritária, protagonista de uma nova forma de encarar os edifícios e energia, dinamizando o mercado da energia, e que deve crescer alinhada com sectores como a construção e reabilitação urbana. Representa um caminho para os objectivos europeus e nacionais de redução dos consumos. Queremos com estas conferências facilitar a aproximação dos diferentes actores deste sector ao mercado, numa óptica de partilha de conhecimentos e geradora de negócio”.
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A abertura da conferência foi feita por Pedro Cabral, Director-geral da Energia e Geologia, que afirma que “relativamente ao indicador por excelência da eficiência energética da economia, Portugal apresenta hoje uma intensidade energética da energia primária em linha com a União Europeia (UE), mas este valor oculta um resultado menos positivo quando medida a intensidade energética da energia final. Este resultado vem reforçar a necessidade de intensificar os esforços na actuação directa sobre a energia final”. Relativamente à transposição da directiva europeia de edifícios, Pedro Cabral alerta para a importância do cumprimento da mesma, e deixou um aviso às empresas do sector de que se procura “uma transposição da directiva mais próxima do mercado, com os requisitos elementares que permitam não só o cumprimento da mesma, mas também a valorização do mercado. Quer-se um parque habitacional com qualidade e eficiência energética mas a funcionar de forma eficaz e com menores custos para a economia”. Pedro Cabral continuou afirmando que a transposição da Directiva é necessária ao acesso a fundos comunitários e que esta deve ser bem feita, com requisitos de performance energética. A reabilitação urbana é uma oportunidade para a reabilitação energética e esta gera emprego e dinamiza a economia.
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Yamina Saheb, Directora da Agência Internacional de Energia, foi a oradora internacional convidada, e a sua apresentação forneceu dados mais globais acerca do mercado, tendo por referência os países europeus. Para Yamina Saheb, “a reabilitação do actual parque edificado não acontecerá se não a tornarmos obrigatória. Podemos começar por tornar obrigatória a requalificação energética, sempre que exista a reabilitação de um edifício. A colaboração entre os países da União Europeia e a partilha de informação são importantes para assegurar que são incluídas as melhores práticas na estratégia de renovação”.